quinta-feira, 16 de abril de 2009

CPI DO CRIME ORGANIZADO: TRÊS ASSINATURAS



Por enquanto são apenas três das oito assinaturas necessárias para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para “investigar os indícios de infiltração do crime organizado nas instituições públicas no Estado do Amazonas e sua possível relação com a situação de insegurança e violência na sociedade amazonense”. Com essa justificativa, os deputados oposicionistas Angelus Figueira (PV) e Luiz Castro (PPS) esperam sensibilizar os colegas para investigar as organizações criminosas que atuam em Manaus, por meio de uma CPI. Até agora, apenas Arthur Bisneto (PSDB) subscreveu o requerimento que começou a circular nesta quarta-feira. A idéia de uma CPI surgiu após as denúncias de Moacir Jorge, o Moa, incriminando o deputado Wallace Souza e Rafael Souza. Eles foram acusados de comandar o crime organzado em Manaus. Wallace será convidado a assinar o requerimento, Os autores da idéia esperam convencê-lo de que só uma profunda investigação pode confirmar ou não a sua inocência. Wallace diz ser vítima de uma trama. No dia 17, termina o prazo para a Secretaria de Estado da Segurança apresentar o relatório das investigações policiais, que apuram ligações de Wallace e seu filho Raphael em 17 assassinatos: acusações do ex-policial militar Moacir Jorge Pessoa da Costa, o Moa (transferido para o presídio de Catanduva, no Paraná, no dia 10), que Wallace sempre negou , garantindo que vai provar a sua inocência. InfiltraçãoFigueira espera também a assinatura de Wallace na CPI, assim como de outros colegas. Considera importante a Assembleia fazer uma investigação, para saber as causas e os responsáveis pelo atual estágio de violência em Manaus e se, de fato, existem “organizações criminosas infiltradas nas instituições públicas estaduais”. Para o deputado, é preocupante que depoimentos como o de Moa e o de Martini Martiniano (encontrado morto cadeia pública do Acre, no dia deste mês) relacionem membros dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário no chamado crime organizado, como divulgado na imprensa. Outra preocupação, segundo Figueira, é a deficiência do Estado no combate ao crime, como assassinatos de testemunhas, sem que os criminosos sejam conhecidos e punidos. O caso Wallace começou em fevereiro e a entrega do relatório do inquérito já foi adiada pelo menos três vezes. Por isso, tanto os deputados, como o próprio presidente da Casa, Belarmino Lins (PMDB), argumentam que qualquer procedimento para tratar das denúncias contra Wallace, como levar o caso para a Comissão de Ética, só pode ser feito com as informações oficiais dos inquéritos policiais. Que devem chegar à Assembleia nesta sexta-feira, quando um pedido de CPI está em andamento

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